quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Diferente



Sou Diferente!


E depois?

A parte melhor disto é que não tenho de fazer nada apenas porque ficariam contentes ou porque gostariam que eu o fizesse.

A maior parte das pessoas desde que vêm para este mundo tem uma vida difícil por excelência. Não há uma grande quantidade de pessoas que se possam gabar que a vida é fácil porque isso pode dizer-se que são casos isolados e muito raros.

Depois como se não bastasse as pessoas já terem por si uma vida de sacrifício encontram ao mesmo tempo um adversário "inesperado", a sociedade! Esse ser estranho habita à nossa volta, por onde quer que caminhemos parece estar em todo o lado, quando acordamos até quando vamos para o conforto da nossa cama, a sociedade parece estar em todo o lado.
Crescemos a ouvir falar de regras, da moral, da ética, do correcto, do certo e do errado, do que se deve fazer e não se deve fazer, do que fica bem e do que fica mal, da forma como devíamos falar, e das coisas que nunca se devem dizer... Das formas de comer, beber, usar a casa de banho, como escrever, falar, vestir, socializar, estudar, nadar, correr, conduzir, andar de bicicleta e tantos outros exemplos, por acaso já alguém se tinha apercebido de que isto lhes acontecia e acontece provavelmente todos os dias?

Esta é uma chamada de atenção que vos posso deixar, a vida não é que seja curta, mas também não é nenhuma eternidade, e no final de contas quanto tempo andamos nós a fazer as coisas como os outros gostariam que nós as fizéssemos?

Quem ler isto pode pensar ousadamente: bem... isso foi há muitos anos, quando eu era criança ou adolescente e não sabia bem o que fazia...

Eu embora não querendo tenho de retorquir e dizer: será que vai assim há tanto tempo? Será que agora estás mesmo completamente independente dessas pressões? 100%?
As certezas na vida são poucas e se calhar ninguém que leia este texto vai poder dizer que sim a tudo o que foi perguntado tão vigorosamente... Eu explico o porquê...

A sociedade realmente foi formada de uma forma que faz parecer cada um de nós uma pequena ovelha num rebanho. É verdade que há muitos homens e mulheres tal como nós não é? Mas e na nossa especialidade e originalidade já que como nós não há nada idêntico, nem pelo código genético as pessoas não se repetem, somos todos obras primas da nossa espécie, aperfeiçoadas ao longo de gerações.
Por muito que queiramos decidir, a sociedade, esse curioso espectro de nós mesmos induz-nos de uma forma muito persuasiva a ler, escrever, comer e dormir a horas, trabalhar, constituir família (embora em pleno século XXI, isto esteja algo deformado em termos conceptuais), continuar a trabalhar e quando deixamos de ter idade para trabalhar, onde até conseguimos juntar uma bela maquia de dinheiro, acontece uma coisa estranha que é: estamos cheios de cabelos brancos, ou até sem cabelo nenhum, o nosso corpo tornou-se diferente, bem diferente de 50 anos que passaram sem darmos por nada, a nossa visão piorou, pelos começaram a crescer em sítios que nunca tal tinha acontecido, os dentes já não estão lá como se tivessem fugido um atrás do outro. A nossa pele torna-se fraca, áspera, rude e flácida, a energia foge-nos por entre os dedos pouco depois de acordar, ou até na pior das hipóteses começamos o dia já cansados. Uma das nossas alegrias de vida que se desenvolveu desde a nossa nascença tornou-se tímida, diminuiu como se também o cansaço o tivesse vencido, uma mulher bonita, um belo despertar de manhã que nos deixava "levantados" e em força, parece não haver já essa gana. Os ossos fraquejam por sua vez, a vida começa a demonstrar-nos o que anteriormente não nos conseguia apanhar, agora parece que corre a anos luz à nossa frente. E por fim... a coisa mais certa de acontecer desde que nascemos, inevitavelmente acontece...

Contudo, somos diferentes. Diferentes em quê? É humor? Porquê essa pergunta?

Sinceramente não sei. Mas acho que se de novo me convenci que não iria seguir os outros no que quer que fosse, pois sempre acreditei ser diferente de tudo o resto, não quero tornar-me mais um no rebanho, eu sou aquele que me guia em qualquer situação, eu faço as minhas escolhas, e por muito que possa magoar quem eu goste, se me querem feliz não me vão pressionar para fazer as suas escolhas ou seguir as suas pisadas, irão sim ficar contentes! Porque eu consegui ser mais, ir mais além, fazer escolhas, realizar projectos, fazer-me um homem/mulher capaz de orgulhar qualquer um que me conheça...

Em suma... soube ser diferente e continuo a ser feliz... e vocês são diferentes?

3 comentários:

Afal disse...

Eu sou e adoro. O que importa que as pessoas nos achem carta fora do baralho? Se não fossemos diferentes, únicos, que piada tinha? Quem éramos nós? Eu não era eu, tu não eras tu, seriamos apenas uma massa que se movimenta ao sabor da maré, ao sabor dos diferentes que chegaram mais longe e se encontram aptos a lançar tendências, leis e os seus valores.

Na verdade...costuma-se criticar o diferente, quando se deveria "criticar" o igual.

Tali disse...

Mukiii, adorei!
A piada está em sermos diferentes, em fazermos coisas diferentes uns dos outros. E isso da vida ser fácil e não sei o que é uma treta, o barato é curtir mesmo quebrando a cara às vezes.
Espero que continues SEMPRE diferente porque é por isso que és o meu amigão centenário :D
Beijos mukiyuki ***************

Martim... o nosso Amor!!! disse...

Oi! Sê bem-vindo ao mundo da blogosfera...!!! Beijocas