segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Pen


Pela minha mão a caneta se move, dança e caminha confiante de linha para linha... Depois de uma jornada bem passada embora não a fazer o que mais goste, posso dizer que a caneta merece hoje o meu apreço por reconhecer que em inúmeras situações esteve a meu lado, foi vital para expressar um turbilhão de sentimentos e ideias que se gladiavam para poder exprimir algo de concreto que podia ter alguma utilidade.

Por muito que tente sei que a caneta nunca pode acompanhar o ritmo do meu pensamento mas isso nem é culpa dela tadita... No fundo eu tenho o hábito terrível de me lembrar de escrever nas piores ocasiões porque algo de precioso no meu entender se passou digno de registo. Se calhar até é o maior disparate que nem tem qualquer legitimidade de ficar na eternidade dos manuscritos da humanidade mas que se dane... Não se paga ainda imposto pela invenção e criatividade literária e intelectual vertida no papel.

Para mim a caneta tem feito um verdadeiro serviço público em me dar a possibilidade de por vezes brilhar além do que eu esperaria. Dá-me prazer a caneta... Não qualquer caneta, tem de ser uma específica, porque sou algo esquisito, a minha mão assim o requer, a inspiração flui muito melhor se a caneta acompanhar o estilo dos meus pensamentos que estão a ser postos no papel, seja através de um traço mais grave ou agudo... seja através de um tornear e rodopiar de certas letras que dão a impressão que voltei à ao ensino primário e no qual ainda bastantes letras se mantêm fieis ao que os professores que deram um impulso ao meu desenvolvimento e expressividade dactilográfica e tornaram tudo possível. Obrigado também a vocês, embora quem esteja a ser alvo de reconhecido e douto mérito seja a caneta.

Queria também dizer-vos que nem tudo o que venho pondo no blog existe registo em formato de papel para a posteridade e isso talvez seja um sinal que muitas coisas as letras começam a tornar-se menos pessoais e mais estandardizadas , mas também existe muita coisa que nunca ninguém poderá enquanto se mantiver apenas neste campo...

Há coisas que têm de ser pessoais, íntimas, subjectivas, não sujeitas a regras de mais ninguém que as que nós próprios lhes possamos impor, e penso que a caneta é um óptimo exemplo disso, sentimos o poder na nossa mão, ela bem segura e incapaz de resistir à nossa vontade magnânima.

Bem por tudo que aturaste e dado que és especial também porque quem me ofereceu a caneta que mais prazer me dá escrever está num estojo gravada a inicial "P" no qual se guardam 2 das mais preciosas coisas das minhas posses, duas esferográficas magníficas... dadas pela pessoa mais preciosa da minha vida...

I'll treasure them forever!

1 comentário:

Diuska disse...

*vénia*

adoro ler-te