quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Olhares diferentes sobre a mesma coisa
Saudações!
Do que me fui eu lembrar agora para escrever... Para quem acha que vem aí asneira, até pode não estar muito longe da verdade. Isto porque me deparei com algo bastante simples que todos se deparam muito naturalmente mas que ao mesmo não terão perdido o tempo que eu perdi a olhar para algo comum e banal com outros olhos.
Peguei no exemplo do céu, que me pareceu bastante vasto e ao mesmo tempo capaz de me provocar diferentes sensações e emoções consoante o momento em que o observo.
Imagino-me a meio de Dezembro, esbaforido para sair do emprego, com horas e mais horas a aturar gente doida, clientes sobretudo que não sabem ser coerentes nem responsáveis e imputam essas mesmas responsabilidades para cima de mim, coisa que nem me importo mas como todos temos os nossos dias, aconteceu que um deles, foi desses dias que já não queria aturar mais ninguém. Saí do escritório em direcção a casa e dado estar a conduzir e não ter ninguém com quem falar, fiquei a observar a única coisa vasta o suficiente para captar o meu interesse: o céu.
Este céu era igual a tantos outros, mas parecia também dizer-me algo diferente. Dizia-me que o dia não tinha sido leve, que a escuridão que parecia conquistar cada vez mais terreno me assinalava o vencer de mais um dia e que o descanso merecido vinha a caminho.
Céu diferente era aquele que reparava perto da hora do almoço, não que este facto o influenciasse directamente, mas antes que a esta hora do dia, será muito mais fácil percebermos a dimensão do dia, o sol está praticamente a pique e parece que o dia está esplêndido e maravilhoso. Dá vontade de correr à descoberta, de beijar a mulher da nossa vida, de deitar num relvado e apreciar a beleza do dolce far niente...
Refiro-me ultimamente ao próprio conceito de céu que me calhou a observar em férias. Aquele que de tão imenso e repleto de ar, brisa, sons da natureza, calma, tranquilidade e paz, sopravam todos na minha direcção e como eu me deixei levar e invadir sem contemplações apenas pelo prazer que a não resistência geravam do mesmo.
Dá-me com a brisa a sensação semelhante a estar a cair em queda livre de 15000 pés de altura, com a diferença que não me vou esborrachar no chão, antes desfrutar apenas de tudo quanto tenho direito em cada dia, com cada céu e em cada momento.
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