terça-feira, 28 de setembro de 2010

Life is life!


É um bom mote para perceber exactamente o que somos, quanto é que somos, ou até onde podemos ir.

A vida tem muitos caminhos que o próprio utilizador não sabe as consequências das suas escolhas.

No fundo, quando se opera alguma mudança directa ou indirectamente na nossa vida, acaba por mais tarde ou mais cedo de ter consequências em caminhos que ninguém estabeleceria relação, ou entre pessoas que nem se quer se conheciam.

Por exemplo, quando duas pessoas que têm vidas em pontos bem opostos no próprio país e acabam por desenrolar a sua vida sem a consciência de que o outro sujeito existe do outro lado, e sem que qualquer razão se possa estabelecer acabam por se conhecer numa circunstância mais insólita como um chat ou algo que nem era costume usarem por sistema, ou no qual um desconhecido nos deixa uma mensagem, que normalmente seria ignorada já que não se conhecia a pessoa de qualquer parte, mas por alguma razão inédita, nos leva a interagir e a responder ao desconhecido. Abrimos a porta ao destino e ao desconhecido, arriscamos e avançamos para um sítio do qual pouco ou nada sabemos.

É esta a essência do ser humano, numa demanda eterna durante a sua vida de entrar em cenários desconhecidos, difusos ou simplesmente avançar em plena escuridão do futuro. Isto faz com que no máximo a gente meça as consequências do que pode vir e do que estaremos dispostos para enfrentar, sucede porém é que nem sempre a nossa consciência permite prever todas as possibilidades do desconhecido, dado que somos limitados.

Temos também outro factor que nos condiciona fortemente, uma vez que sempre que optamos fazer algo na vida, isso em linha de fundo acaba por ser trazido por muita herança genética e também por princípios do meio e educação com que lidamos durante anos e anos a fio.

Nesta dialéctica valorativa e emocional que é uma construção concreta do ser, acaba por ser alvo de estudo e inúmeros doutoramentos e mestrados o estabelecimento de relações previsíveis ou de acções e reacções que são mais ou menos previsíveis pelo ímpeto humano em lidar com certas emoções e situações. Mas este campo tem muito por onde explorar… a vida é tão maior do que qualquer ciência ou arte para caber por inteiro na mesma.

Deixem-me desde já partilhar nesta minha índole meia introspectiva e ao mesmo tempo imbuída do espírito filosófico que os tempos de escola aguçaram e hoje os padrões e responsabilidades do dia-a-dia, acabam por definhar de tal forma que o concreto e o imediato ganham particular relevância e preponderância, que o pensar mais a sério e a própria noção de nós mesmos tem de ser encontrada praticamente na reacção das situações imprevistas da vida, ou no conforto da nossa cama, durante os nossos curtos pensamentos momentos antes de viajar para o mundo dos sonhos. Penso que isto não chega…

Tenho a certeza que não chega. A vida é tão mais do que aparece na televisão ou do que vamos compreendendo realmente para que nos levem à presunção que lidamos com tudo o que o destino trouxer. Quem disser isto está notoriamente a mentir ou a tentar não pensar nisso.

Sinto que se deixou de pensar demasiado na vida, o lema de “carpe diem” ganhou outro valor e sentido, de tal forma, que adiantarem-se no tempo do que não se sabe como há-de ser, leva a devaneios e a considerações de falta de juízo de quem se aventura no desconhecido. A vida está realmente instável e as previsões não são tão certas como antigamente, até admito que assim seja, mas deixarem principalmente a geração mais nova entrar nesta apatia e falta de treino mental e de raciocínio em lidar com o imprevisto e ficarem conformados à rotina, muitas vezes prejudicial até à saúde, como se de uma assunção de se encontrarem no pleno da sua juventude.

Esta juventude, fase ainda bastante primária da longa vida que temos pela frente, faz com que a falta de reservas do amanhã, optem efectivamente por viver mais coisas no presente mas com o custo inevitável de muita coisa no futuro.

Será que isto é assim tão errado? Eu acho que depende. As pessoas têm altos e baixos ao longo da sua estadia no planeta Terra. Quer isto dizer que se querem aproveitar a adolescência e os primeiros anos pós adolescência ao limite, provavelmente condicionam a sua independência ou vida profissional no imediato, por exemplo por não terem descontado desde cedo o que os obriga a ficar até mais tarde no mundo do trabalho e que até pode acontecer na maioria dos casos não chegarem a concluir essa etapa dada a panóplia de cenários de doenças e outros males no mundo que levam muita gente “antes do tempo”.

Concluo que tenho aproveitado bem a vida, apostando de uma forma equilibrada no viver o dia de hoje mas sem desconsiderar o futuro, com o devido respeito e a merecida incógnita, apostar em ter mais condições e requisitos que me façam suster a violência e imprevisibilidade do amanhã. É a minha opinião e como tal… vale o que vale.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O Toque de Deus















“God! Oh my God! Meu Deus! Cristo! Virgem Santíssima!”

Estas são algumas das expressões que vulgarmente vemos serem usadas da forma mais comum, seja homem, mulher ou criança, activista, político, padre, bombeiro, padeiro ou jurista e médico.

Diversas são as reacções que nos fazem exclamar expressões tipicamente religiosas mesmo que o sentido de fé ou o sentido que lhes atribuíram desde o início tivesse um fim e hoje em dia, as pessoas transformaram-no noutro.

Creio sinceramente quando em pleno Século XXI, se atravessa uma das maiores crises de fé da Humanidade, fruto de inúmeros factores, dos quais destaco, o distanciamento das próprias instituições religiosas da população; o enraizamento da cultura laica no estado e na sociedade; o progresso da ciência e da tecnologia; o deturpar de metáforas ou de sentidos bíblicos. Well you get the point…

Afinal o que estamos a dizer é que cada vez menos crédito se dá a um possível ser superior que esteja num sítio distante dos nossos sentidos e que ao mesmo tempo se diga, omnipresente, omnisciente e omnipotente. Quero dizer com isto que nada do que por vezes rogamos como certo, o é.

Como podemos nós meros mortais querer perceber tudo quanto existe? Não estou a falar além do nosso bairro, país ou planeta, mas se estivermos a falar de por pressuposto, realidades que de alguma forma não são possíveis de captar pelos nossos sentidos, nem pelas nossas máquinas, como iremos nós dizer meramente que não existe ou não pode existir?

Será isto apenas uma concepção meramente científica, que apenas fica limitado ao próprio conhecimento que é capaz de testar ou sujeitar a análises de laboratório? Deve a ciência por não ter capacidade ou não poder entender negar ramos do conhecimento ou áreas de existência que a ciência não percebe? Será que não acaba por ser um daqueles exemplos da história a dar uma lição valente a muita gente, quando acusavam a Igreja não entender, de não procurar aprender ou conhecer, por ir contra o que os seus métodos e ensinamentos permitiam e fechando-se nos afamados “dogmas” recusando tudo o que fosse diferente.

Ninguém deseja ter mais uma era das trevas, em que não há conhecimento de quase nada do que se passou durante séculos, em virtude de se negar certos conhecimentos ou registos de eventos relevantes para o planeta. Não mais isso pode suceder porque são demasiadas pessoas a deterem os meios que permitem a divulgação e conhecimento de uma mesma realidade, os contributos diversificados estão aí, ao virar de cada esquina e a distância de um click.

Tenho a firme convicção que algo existe, que a vida não pode ser assim tão previsível e limitada ao ponto de negar simplesmente porque a ciência não é capaz no momento de me dar uma resposta testada cientificamente. Penso que a diversidade e a busca do conhecimento deve ser feita por nós, de tudo o quanto contemplamos e ao mesmo tempo pelas convicções, crenças e intuições.

Se existe muita gente que se aproveita da fé alheia para fazer disso um negócio quando as pessoas procuram de facto algo que o além não lhes pode dar e de alguma forma se colocam nas mãos de uma entidade superiora, isso será assim tão errado? Se for só essa entidade, que segundo sabemos não tem qualquer registo bancário em nenhuma offshore nem investe na bolsa os fundos terrenos.

Respeitando a vontade de cada um em se autodeterminar e acreditar no que bem deseja, é um direito, uma liberdade, que de nenhum dos lados da barricada se atire a primeira pedra, porque dos dois lados há críticas que se podem fazer.

Se eu escolher acreditar em algo que para outra pessoa não é lógico ou não cabe no entendimento ou raciocínio da pessoa devo ser prejudicado por isso? E gozado devo? Eis a questão…

Quando se faz aquilo em que se acredita sem qualquer remorso, sem prejudicar ninguém e se diz que a nossa conduta deve ser pela prática do bem, não porque queremos a terra prometida ou um éden que Adão e Eva deitaram ao lixo sem reciclar, mas porque sentimos que a vida é limitada desta forma, porque alguém teve um testemunho directo ou indirecto, ou seja que razão metafísica mover uma alma humana a seguir um caminho justo e virtuoso. De nada trará ao mundo se for uma pessoa respeitadora da sua liberdade e do seu espaço.

Sei o que quero, sei o que sou e sei para onde quero ir. Isso não incomodará ninguém e seja que motivações possam impelir outros a sentirem-se traídos e abandonados segundo o que seria um ser superior ideal, isso não há forma de saber o propósito de tal “injustiça” ou discriminação. Fazer o melhor com que o temos não é razão para maldizer ou simplesmente afastar a possibilidade de existência de um ser superior. A vida idílica não está de todo a ser vivida por quem quer que seja, a nossa própria condição humana é uma limitação e até no extremo uma maldição.

Nascemos para morrer. Morremos com o desejo de ter feito, de ter querido ou de ter alcançado muito mais do que a nossa vida nos permitiu e isso será culpa do ser superior? Quando algo não corre como devia ter corrido é a ele que pelos vistos tem costas infinitas se podem atribuir as culpas?

Quando indagado perante uma possibilidade concreta e colocar em causa o meu próprio livre arbítrio. Do que estaria em causa nas decisões que eu tomava quando comparadas com a própria vontade do ser superior. Será que para um ser tão poderoso, conhecedor e sempre presente era compatível uma existência de facto de um livre arbítrio?

Eu responderia que é possível (atenção não há necessidade de ser intolerante e dizer que sim só porque estou mais inclinado para essa resposta), no fundo não há nada que possa dizer que tal não é compatível com o conhecimento e poder totais e supremos de um ser superior. Why should he care? Why should that be something that it isn’t compatible?

Pode ser perfeitamente possível se não tentarmos moldar um ser superior à nossa existência de tentação ou inveja e actuar sobre os humanos como marionetas e dizer-lhes que fazem o que querem apesar de existirem fios invisíveis ligados a todas as partes do nosso corpo que nos fazem agir, falar e comportar como o ser superior quer e não como nós desejaríamos comportar. Considero um pouco rebuscado tal entendimento que leva ao extremo o que provavelmente a conduta humana faria como sempre fez em subjugar o seu próximo aos seus ideais, convicções e vontades.

Se calhar pode haver algo diferente do que conhecemos ou da forma como nos comportamos. Eu acredito que há.

It’s just my opinion ^_^

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

13 de Setembro!



Estas são as décadas que passaram alegremente e de uma forma bem diferente de tudo quanto conhecia.

Eras tudo o que durante uma vida fui pensando em arranjar para completar a minha vida.

Completaram-se 2 Séculos com uma tranquilidade e serenidade de quem sabe que a teu lado nada me falta.

Foi um sonho tornado realidade um fim de semana marcante e com uma bola de sabão imensa cheia de todos os tesouros das nossas vidas.

You're just to good to be true... can't take my eyes of you, you feel like heaven to touch i want to hold you so much!

I Love You Baby! *@

domingo, 5 de setembro de 2010

Estou de volta!


Bom dia, uma vez que são horas disso!

Depois de uma ausência prolongada no qual possivelmente se poderia pensar que havia sido raptado por extraterrestres ou pior ainda: morto!

Regressei para postar, e na verdade a minha falta de tempo em postar deve-se a tudo que se passa na minha vida, que me ocupa o dia praticamente desde que me levanto até que me deito. A calma para escrever que eu gosto de ter e não postar simplesmente algo que não vou ter tempo de expor como gosto levam-me a preferir não escrever.

Até penso que alguém possa considerar como uma presunção ou até mesmo um luxo a que gosto de me dar, mas pelo contrário, gosto de escrever as coisas de forma clara, e fazer postagens simples não me parece a forma mais apoteótica de regressar a "casa".

É por isso que hoje queria falar-vos de algo bastante simples e possivelmente do conhecimento geral mas que por vezes nos bate e quando assim acontece existe uma grande razão: Crescemos noutras áreas.

Hoje acordei e lembrei-me dos meus pais. Longe de serem perfeitos como qualquer pessoa, a verdade é que me (re)lembrei ou até me voltei a aperceber como apesar da distância e da vida mais ou menos encaminhada que levo, que olhando à minha volta muita coisa não deixa de ter o cunho deles.

A vida é composta por fases que despertam os nossos sentidos e nos fazem ter noção e consciência de coisas que até à data não entendíamos ou não queríamos entender. Seja como for, isso não faz da nossa existência mais estúpida ou miserável, apenas temos de a ver como sermos pessoas diferentes, com personalidades e com apreciações da realidade diferentes no que toca à gradação que as coisas têm para cada um de nós.

Tal como me lembrei dos meus pais terem sido realmente o motor de arranque para uma vida cheia de desafios, proporcionando o que puderam e que durante longos anos se mataram a trabalhar para que hoje, fosse eu portador de uma Licenciatura de um dos cursos mais nobres e difícil do país.

Nunca posso deixar também lembrar que como fase de menino, adolescente e pré-adulto que fui, há uma componente importante de valorização pessoal pelo apoio que a nossa família nos vai concedendo graciosamente.

Essa fase actualmente já passou, desta vez a perspectiva com que olho a vida, leva-me a projectar a minha vida ao lado da Pintainha, a trabalhar a troco de um bom ordenado que me permita realizar outras metas e objectivos e em resultado de tudo isso, ser capaz de me realizar enquanto Homem de pleno direito, que assume os seus contratos, que honra as suas responsabilidades. Aquele que vulgarmente se chama o "Bom Pai de Família", isto é uma expressão jurídica para quem pensa que o que escrevi anteriormente se destinava a dizer que ia ser um pai todo presunçoso, bem pelo contrário, apenas estava a reportar-me em ser o dito homem médio que cumpre aquilo a que se compromete e se certifica que ninguém à sua volta fica desprotegido.

Também são metas destas que nos dão este combustível que nos faz acordar todos os dias e levantar com força para o que aí vem, deixar de lutar não é uma opção porque a ambição de querer poder gozar a vida como entendo que deve ser gozada, não se obtém sem esforço (a menos que se tenha muita sorte ao euromilhões).

Assim estando eu de volta às postagens, está o compromisso de maior empenho para atingir o que tanto desejo ao lado de quem desejo (sabes quem és né Pintainha?) cuidado de ti e dos nossos. Parece-te um bom plano?

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